Instituto Pensar - Damares forma equipe de consultoras para plano de combate à gravidez precoce

Damares forma equipe de consultoras para plano de combate à gravidez precoce

por: Igor Tarcízio 


A ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Imagem: Valter Campanato/Ag. Brasil)

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), chefiado por Damares Alves, selecionou consultoras para auxiliar na criação de projeto de combate à gravidez precoce. O resultado do processo saiu na última quinta-feira (2).

O MMFDH escolheu a equipe que vai elaborar o Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez de Crianças e Adolescentes. As três selecionadas são mulheres que contribuir com um enfoque diferente: uma é da área jurídica, outra é médica e outra é da educação.

As selecionadas foram Lívia Lemos Falcão de Almeida, Fúlvia Estefânia Padre e Fechine e Luizélia Melo de Souza. Elas vão promover pesquisas e documentar experiências de sucesso relacionadas ao combate à gravidez precoce em âmbito nacional e internacional, de acordo com o ministério.

Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MMFDH, Maurício Cunha, afirma que o objetivo do plano é a "conscientização de jovens e adolescentes, para que eles estejam cientes das consequências da gravidez precoce e, assim, possam tomar decisões [quanto à iniciação ou não da vida sexual] mais bem informados”.

No Brasil, em 2016, 24 mil crianças tiveram mães adolescentes com até 14 anos e 477 mil de jovens entre 15 e 19 anos, segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Plano do MMFDH contra gravidez precoce tem sido alvo de ataques

Desde o ano passado, o MMFDH indica sua intenção de tratar o combate à gravidez precoce com uma perspectiva diferente da adotada por governos anteriores: em vez de incentivar o uso de preservativos, a pasta quer dar destaque à dimensão humana e psicológica do sexo.

Em fevereiro, o MMFDH lançou em parceria com o Ministério da Saúde uma campanha com o lema "Tudo tem seu tempo: adolescência primeiro, gravidez depois”. A intenção é usar a educação afetiva e a informação sobre comportamento sexual no combate à gravidez precoce, reduzindo o enfoque em métodos contraceptivos.

A proposta recebe críticas de setores da mídia e da sociedade, que veem os preservativos como a única alternativa para o combate à gravidez precoce. Angela Gandra, secretária da Família, afirmou em evento no ano passado que o governo está tendo "a valentia e a audácia de levantar um tema que não é politicamente correto, mas pode ser a solução mais humana que se pode apresentar”.

No evento, Maurício Cunha afirmou que é preciso promover ações que permitam aos jovens "se manterem firmes em suas decisões, sem sejam motivos de chacota”. "Se nós já estamos sendo motivos de chacota, quanto mais um adolescente em seu ambiente escolar”, disse ele, na ocasião.

Com informações da Gazeta do Povo.



0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: